3º Ano A e B
Jogos
cooperativos e jogos competitivos
O aumento
da conscientização da necessidade de incentivar e desenvolver o espírito de
cooperação, de participação numa comunidade, vem transformando profundamente o
estilo de se trabalhar em grupo. A própria capacidade cooperativa é um quesito
valorizado na hora de conseguir emprego, porque as pessoas estão descobrindo
que não dá para ir muito longe sozinhas.
O
conceito de jogos cooperativos teve início com Terry Orlick, pesquisador
canadense que, a partir de estudos iniciados nos anos 70, desenvolveu o
princípio destas atividades físicas cujos elementos primordiais são: a
cooperação, a aceitação, o envolvimento e a diversão.
A ideia
difundiu-se e hoje diversos autores desenvolvem jogos cooperativos aplicados à
educação, administração de empresas e serviços comunitários.
Orlick
questionou as regras dos jogos tradicionais e adaptou-os para transformá-los em
jogos cooperativos. Neles o confronto é eliminado e jogam-se uns COM os outros,
ao invés de uns CONTRA outros. A comunicação e a criatividade são estimuladas
para se alcançar um objetivo comum.
No
Brasil, Fábio Otuzi Brotto, autor do livro Jogos Cooperativos, é um dos
precursores desse novo enfoque que visa, segundo ele, harmonizar o
desenvolvimento da habilidade física com o desenvolvimento das potencialidades
pessoais e coletivas dos alunos.
Nos jogos
cooperativos existe cooperação, que significa agir em conjunto para superar um
desafio ou alcançar uma meta, enquanto que nos jogos competitivos, cada pessoa
ou time tenta atingir um objetivo melhor do que o outro. Ex.: marcar gols,
cumprir um percurso em menor tempo, etc.
O quadro
abaixo nos dá uma ideia das principais características dos dois tipos de jogos.
JOGOS
COOPERATIVOS
|
JOGOS
COMPETITIVOS
|
Visão de que "tem para todos"
|
Visão de que "só tem para uns"
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Objetivos comuns
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Objetivos exclusivos
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Ganhar COM o outro
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Ganhar DO outro
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Jogar COM
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Jogar CONTRA
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Descontração
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Tensão
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A vitória é compartilhada
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A vitória é somente para alguns
|
As
atividades que privilegiam os aspectos cooperativos são importantes por
contribuírem para o desenvolvimento do sentido de pertencer a um grupo, para a
formação de pessoas conscientes de sua responsabilidade social, pois trabalham
respeito, fraternidade e solidariedade de forma lúdica e altamente
compensatória, levando a perceber a interdependência entre todas as criaturas.
Nelas, ninguém perde, ninguém é isolado ou rejeitado porque falhou. Quando há
cooperação todos ganham, baseados num sistema de ajuda mútua.
Os jogos
competitivos, por sua vez, também têm seu papel, quando nos ensinam a lidar com
a competitividade existente dentro de nós. Compreender a competição e as
emoções relacionadas a ela. Afinal, a competição pode gerar diversos conflitos
e emoções desagradáveis. Pode levar à comparação, frustração, ao sentimento de
vitória ou de derrota, à exclusão, contudo, podem contribuir para ajustar a
percepção destes momentos à sua verdadeira dimensão íntima, visando o
equilíbrio.
Quando
saudável, a competição pode permitir que uma pessoa chegue a um desempenho que
dificilmente conseguiria alcançar sem a contraposição de outra. Segundo Schutz,
a competição é prejudicial quando há a tentativa de trapacear, quando há um
gasto excessivo de energia para ganhar ou, ainda, quando representa a
diminuição do adversário. Do contrário, ela pode ser altamente positiva,
preparando a pessoa inclusive para a competitividade da própria vida. Assim, a
presença do outro em situações de comparação e disputa pode levar a um
significativo aprimoramento cognitivo, afetivo, motor e social.
1 comentários:
massa eim... poderiamos ter ido à UEL no museu.. mas fazer o que
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